outras mulheres

(edwina noronha de andrade)

                         EDWINA NORONHA DE ANDRADE

 

 

 

Nasceu em 1893, em São João da Boa Vista, e nesta cidade viveu por toda sua vida, residindo, por muitos tempo, na zona rural.

 

Era uma pessoa alegre e dinâmica. Ainda criança manifestou sua veia artística. Aprendeu música com o pai, que a ensinou tocar piano, um instrumento considerado “nobre”, naqueles tempos idos, em início do século XX.

Mas a menina gostava de violão, que além de não ter a nobreza do piano, tinha a peja de instrumento vulgar, só tocado em botecos, botequins.

Terminantemente, não ficava bem para uma menina!

 

                      Tornou-se, pois, autodidata e apesar das restrições da época, aprendeu, sozinha, a tocar violão, o instrumento de sua paixão, que vai acompanhá-la por toda a vida.

 

                      Teve participação ativa, coisa inédita na época, para uma mulher, na vida cultural de São João da Boa Vista, organizando shows musicais, “saraus” peças de teatro. A grande maioria destes eventos era apresentada no Teatro Municipal.

 

                      Fez mais de 500 composições musicais, todas para violão e a grande maioria ligada à vida simples do campo, ao folclore, a São João da Boa Vista e à exaltação patriótica. Entre suas composições salienta-se “Canoeiro”, “N’é mentira, não”, “Meu São João”.

 

                      As músicas “Caterete” e “Hei Boi”, tornaram-se nacionalmente conhecidas ao serem gravadas e divulgadas por Inesita Barroso. Já a canção “Canoeiro”, cantada por Jandira Cassiano, foi tema do filme “João Negrinho”, em 1958 e foi interpretada, posteriormente, por Heleninha Silveira e pelos Demônios da Garoa.

 

                      Edwina recebeu, ainda em vida, várias homenagens tanto em São João da Boa Vista como em São Paulo.

 

                      Casou-se aos 19 anos com Armando Ribeiro de Andrade.

                      

Foi titulada como Membro Honorária da Academia de Letras de São João da Boa Vista, em 15 de novembro de 1975.

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