outras mulheres (maria leonor alvarez silva) |
MARIA LEONOR ALVAREZ SILVA
Maria Leonor é natural de São João da Boa Vista, sendo filha de Antônio Adriano Alvarez e de Divina Adelina Alvarez, ambos de nacionalidade espanhola, da província da Galícia. Nasceu em 11 de outubro de 1907, na chácara hoje conhecida por “Olaria da Prata”. É a oitava filha, entre doze irmãos. Autodidata, tendo como curso regular só o primário, embora tenha conquistado “Licenciamento”, em concurso prestado na Secretaria da Educação de São Paulo, a fim de regularizar a situação de sua Escola Particular, que foi fundada por ela e sua irmã, Felicidade Alvarez, em 1º de fevereiro de 1927.Desde menina escreve nos jornais da sua cidade. Dirigiu sua escola Particular, denominada “Jardim-Escola João Pestalozzi”, até 1938, quando foi nomeada Bibliotecária no então Ginásio Estadual de São João da Boa Vista, hoje “Instituto de Educação Cel. Cristiano Osório de Oliveira”. Prestou serviços como bibliotecária durante trinta e um anos, quando se aposentou. Organizou duas vezes a Biblioteca dessa Escola e deixou-a com um acervo de quase oito mil volumes. Em 1950, publicou uma “Monografia sobre Monteiro Lobato”, publicada pela Editora Brasiliense; em 1954 publicou “Galeria – O livro das Biografias” e em 1966, em sua primeira noite de autógrafos, realizada em sua cidade, lançou o romance de fundo social “Mãe Solteira”. Durante cinco anos estudou documentos fornecidos por Matildes Rezende Lopes Salomão, extraindo deles, o material necessário, para a “História de São João da Boa Vista” e foi lançado pela “Revista dos Tribunais”. É Membro da Academia de Letras de Piracicaba e sócia da União de Escritores Brasileiros. Tem tido alguns trabalhos literários premiados, dentre os quais, um “Estudo de História Comparada” entre Brasil e Estados Unidos (2º prêmio). Trabalhos Literários no jornal “O Diário de São Paulo” e o “Prêmio Juca Mulato, instituído pela Prefeitura de Itapira. Foi a primeira mulher de sua cidade a servir como Presidente de Mesa Eleitoral, assim como a primeira candidata a Vereadora, pelo antigo Partido republicano Paulista. Foi a primeira sanjoanense, a ser convidada a tomar parte no 1º Congresso de História do Brasil, realizado na Universidade Católica de Campinas, onde dissertou sobre a Estrada de Goiás e sua importância na colonização de São Paulo. Casou-se em 1940, com Basílio Affonso Silva, de antiga família de Aguaí. Desse consórcio tem um filho – Celso -, engenheiro-agrônomo, casado com Rita Maria Junqueira Ribeiro, sua prima em sexto grau. Enviuvou em 1962. Continuou a escrever dois rodapés para o jornal “O Município”, do qual nunca se afastou em sua segunda fase, iniciada em 1964. Gostava de considerar que de acordo com um velho provérbio chinês, pode se considerar integralmente cumpridora de seus deveres como ser humano, pois “plantou algumas árvores, fundou uma Escola, publicou alguns livros e teve um filho”. Maria Leonor tem diversos livros escritos e revisados que não foram publicados em virtude das dificuldades de caráter econômico que antepõem a sua publicação. Maria Leonor faleceu em 20 de março de 1987.
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