guiomar novaes

(biografia)

1963. Guiomar Novaes na ONU

Em 1963, Guiomar Novaes é convidada especial para representar a América Latina na comemoração do 15º aniversário da Declaração dos Direitos do Homem, promovida pela ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York.

 

1967. Guiomar voltar a tocar em Londres

 

 

 

 

 

Após 42 anos sem tocar em Londres, foi ovacionada por quinze minutos ininterruptos, por onze mil pessoas que

exigiram quatro bis, no recital de inauguração do Queen Elizabeth Hall.

 

 

 

Casa da Rua Ceará e o Chevrolet 31 presente da Ford

 

 

 

 

 

 

Comendas

 

Guiomar Novaes recebeu do governo francês a Comenda Lègion d`Honneur em 1939 e do governo brasileiro, a Ordem do Cruzeiro do Sul em 1956, entre outras.

 

Momento de inspiração

Quando Guiomar Novaes revisitou Londres, em 1925, um jornal explicou: “Buscar descrever o que foi o recital da pianista brasileira seria a mesma coisa que tentar definir para um cego o que é a luz do sol”. Guiomar Novaes possuía a virtude particular de transmutar as sonoridades do piano, conferindo-lhes, como através de ilusionismo vibratório, timbres que podiam reproduzir os caracteres de inumeráveis instrumentos e corpos sonoros. Os de órgão em Bach; os de flauta em Gluck; os de flautins e tambores na marcha alta turca de Beethoven/Rubinstein; os de uma orquestra acolá; no Capricho de Saint-Saës/Gluck, os de celesta, os de pequenos sinos, os de caixinha de música... Era capaz de extrair efeitos "miraculosos": os sons de certas notas, de certos blocos, avolumam-se depois de serem eles atacados; crescem após serem feridas as cordas! É precisamente o que se observa com nitidez no acorde que abre o concerto nº 4 de Beethoven, nesta gravação: o som, apesar de murmurante, se encorpa com o viço e vigor, depois de serem tocadas as notas. A espetacular Cadenza do Primeiro Movimento deste Concerto, a par das demais peças de Bach, Gluck, Saint-Saës, Beethoven/Rubinstein, é uma execução, que, exemplifica melhor e mais completamente aqueles predicados, tanto os de escola quanto os de talento particular. Fenomenal talento, de resto, que ela possuía para sublimar a natureza bruta do processo de produção do som no piano, transfigurando-o, bem como para subjugar as forças antagônicas que consistem o Ritmo, jogando com elas, flexível mais equilibrante, e com isto tudo infundido no ouvinte um êxtase que é como um bafejo do absoluto. (Arnaldo Senise)

 

A arte de interpretar música brasileira

A arte tem muito mais amplitude e o compositor brasileiro que tem a sua personalidade, que cria música pura, não deixa de fazer uma arte brasileira, embora prescindindo do que lhe oferece o populário nacional. Sua brasilidade sempre se fez presente onde quer que estivesse. Não faltaram convites e mesmo insistentes para que se tornasse cidadã norte-americana, mercê do prestígio que goza na grande nação do norte. Acenaram-lhe inclusive com os impostos altíssimos que é obrigada a pagar, na qualidade de estrangeira, mas teima em conservar sua nacionalidade brasileira. Sua maneira de interpretar, sua forma elegante de tocar ante as mais sofisticadas platéias do mundo inteiro, encontrará a mesma simplicidade desta "Grande Dama do Teclado", ao fazer soar no piano, as vozes de nossos autores, ombreando-os àqueles nos quais Guiomar Novaes se consagrou. Brasileira na escolha de repertório, brasileira na forma de interpretar , brasileira ainda por fazer um disco de autores exclusivamente nacionais dentro do Brasil, com exceção, é claro de Louis Moreau,GOTTSCHALK, (1829 - 1869), norte-americano que morreu no Rio de Janeiro, apaixonado de nossa terra e nossa gente a qual homenageou da forma que só um artista poderia faze-lo compondo a "Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro", e que Guiomar Novaes se encarregou de forma soberba, de fazer conhecido em todo mundo! (Carlos Gonzáles)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    VOLTA      SEGUE

Guiomar Novaes toca Sonata em B menor de Chopin—Scherzo e Lento

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