FRASES E OPINIOES
FALA
Falo de agrestes
Pássaros
De sóis
Que não se apagam
De inamovíveis
Pedras
De sangue
Vivo
De estrelas
Que não cessa,
Falo do que impede o sono.
“Minha profissão de fé, hoje, é pelo saber, pelo conhecimento. Essa é a doutrina budista: o único mal é a ignorância, o único pecado é a ignorância”.
“Para ser simples, é preciso ser poeta”.
“A minha família não tinha base cultural, meu pai era operário analfabeto, de modo que a cultura que peguei foi na base do ginásio, escola normal e leitura”.
“Eu costumava mostrar meus poemas a alguns críticos paulistas, mas hoje eles acham que eu facilitei, que me tornei popularesca e não se interessam mais em ler o que eu escrevo. Descobri o quanto estou sozinha na noite do lançamento de Teia, em um bar da Alameda Franca. Não havia um só crítico, um só poeta”.
“Tudo mundo bebe um pouquinho, né”?
"Eu estou mal por causa do problema social, da proletarização total. Eu poderia trabalhar até como faxineira. O problema é que sou péssima dona de casa, só sei mesmo escrever poesia e disso não se vive no Brasil".
Inspiração: “Posso afirmar que grande parte dos meus poemas nasceram como são. Não é que eu tente acreditar nisso, inspiração, no meu caso é um fato”.
“A vida as vezes é satisfatória, ás vezes, uma porcaria. Tudo na vida é muito maluco, impulsivo aberto. E ninguém sabe imaginar outra coisa além da vida”.
“Eu não sei o que me dava, achava que as pessoas me olhavam com desprezo,me diminuíam porque eu não tinha nada. Ai, eu ficava nervosa e começava a agredir”.
“João Cabral de Mello Netto: “O que sei é que não copiei”.
“Fui professora de pré-primário. Hoje trabalho na biblioteca do Grupo Escolar Marisa de Melo. Não sei fazer outra coisa que não seja escrever. E isso não da dinheiro. Possuo dois gatos, quatro livros e o saldo do Brás Cubas. Logo, estou encrencada”.
“Não tive opção, mulher pobre, ou vira feminista, ou passa a vida apanhando do marido,para mim sempre foi difícil namorar um homem do meu nível social. Eu era pobre demais para tentar algo com um cara melhorzinho”.
“Os poemas pintam quando eles querem. Acho que ficam no inconsciente. Quando eles estão vivos, eles acabam voltando”.
“Poesia estrangeira: “Góngora, San Juan de la Cruz, Mallarmé...”
“Eu estou procurando tornar os poemas mais diretos, mais acessíveis para todas as pessoas” .
“Com Teia eu quis chegar no miolo das coisas. Já fiz duas leituras para auditório de jovens e eles gostaram muito. Isso me deixa reconfortada. Mas, infelizmente, nossos especialistas ainda têm uma visão muito olímpica da poesia”.
“Gostaria de ver meus quatro livros reunidos. Já tenho até título: ‘Trevo’.
“É a velha história: é melhor que falem mal, mas falem de mim. Eu preciso de dinheiro para viver. Minha vida é um retrato da vida dos aposentados do Brasil. E a vida dos poetas no País”.
“Sonetos: “Hoje não faria mais. Sou preguiçosa. E os sonetos me parecem epopéias”.
“A moda é escrever como o Alexei Bueno. A moda é ser difícil. É um fenômeno sociológico e não adianta discutir com os fatos da sociologia”.
“O fato de ser muito solitária me favoreceu em termos de voz pessoal”.
“O meu sonho mais infantil é ser traduzida. O que é uma bobagem completa. Mas ser internacional deve ser muito gostoso”.
“Eu sou anti-romântica e não gosto de ser encarada como uma poeta que sofre. Não fui chamada de estóica e isso eu aceito”.
“Geneticamente sou drummondiana. Gosto do Drummond tiro e queda, aquele dos pequenos poemas em que não sobra nada: destrutivos e impresionantes”.
“Eu começo meus livros com um poema-tema, que depois dá nome ao volume, e acabo sempre com um poema sobre o silêncio”.
“Poemetos: “Parte de poemas que não deram certo. Utilizo apenas a melhor imagem. Mas algum deles nasceram realmente micropoemas. É uma tendência moderna”.
“Meus poemas não têm nenhuma relação com meu cotidiano”.
“Hermetismo não é qualidade”.
Bizâncio: “A idéia mítica de uma cidade dourada é bonita. Faz parte da minha mitologia particular. Toda poesia é dotada deste fundo mitológico que o poeta cria”.
“Gosto dos poemas – piada. O livro Anatomias, me agrada muito. Mas é preciso ter cuidado senão não se vai longe”.
Murilo Mendes: “Convergência eu virei de cabeça pra baixo”.
“A vida é tão maluca, tão imprevisível. Quem sabe ainda não vou encontrar um grande amor”?